Design, narrativa e literatura: os labirintos de Borges.

Por
Douglas Thomaz de Oliveira
Orientado por
Denise Berruezo Portinari

O projeto tem como objeto de estudo as imagens do labirinto na obra de Jorge Luis Borges em sua produção de contos fantásticos, reunidos principalmente em dois de seus livros, a saber: Ficções (1944) e O Aleph (1949). Trata-se de investigar, a partir do design, os sentidos que as estruturas e arquiteturas desenhadas por Borges podem assumir quando tomadas enquanto fatos visuais. Propõe-se também, uma discussão sobre a condição imagética do texto literário borgiano. Borges nos oferece problemas sob a forma de labirintos conceituais, explorando os paradoxos e as metáforas que fogem à realidade. Sua criação literária solicita enquanto experiência uma espécie de leitor-designer, que seja capaz de desenhar as soluções e comunicá-las. Minha hipótese é que seus contos são indiscutivelmente espaciais. E essa característica de uma espacialidade que se espraia para além do texto é o que me faz acreditar na importância desta pesquisa no design.